terça-feira, fevereiro 19, 2013

E assim vai a saúde neste País!!!!!!





As dores nas costas começaram a fazer-se sentir, assim como uma dormência nas pernas, chegando mesmo a provocar situações de imobilização. Não era a idade de forma alguma, porque ainda só tinha chegado aos 50 anos, apesar de muito já ter passado com outros tratamentos. Foram exames e mais exames para se determinar qual o motivo da situação. Uma hérnia na lombar e já com um volume acentuado. Foi direcionada para ortopedia e seguida por um especialista, por sinal muito conceituado na praça, tendo decidido de imediato a cirurgia, para que o pior não viesse a acontecer. Não se pode dizer que houve muito tempo de espera e lá chegou o dia tão esperado, para que a qualidade de vida fosse melhorada.

A cirurgia decorreu sem problemas, mas quem a efetuou não foi o médico que acompanhou a doente, mas um outro que nunca a tinha consultado. Quanto a isso, parece ser normal acontecer nesse hospital, pensando a doente o contrário e ir confiante porque acreditava no médico que a acompanhava. É preciso esclarecer que não é uma cirurgia de urgência, mas sim programada.

Quarenta e oito horas depois teve alta, a qual não especificava nada, nem para o seu médico de família. Certo é que não podia ir trabalhar e teve que requerer baixa médica no seu centro de saúde, acreditando o seu médico de família no que a doente disse. Na nota da alta apenas dizia: intervenção cirúrgica microdisetomia, L5; S1. Tratamento proposto, orientada para consulta externa que veio a acontecer um mês e uma semana após a cirurgia. Chegado o dia da dita consulta, fazendo sempre as coisas como recomendado pelo médico, entra no consultório e passo a descrever a dita consulta:

-Como está? Como se sente? Tem dores? Mostre-me as costas por favor.

E foi assim, sem sequer olhar para a doente, tendo a mesma queixando-se que tinha uma certa rigidez. Respondeu o médico:

-Isso é mesmo assim. Sabia que não ficava totalmente boa.

Sem mais, marcou consulta para o mês seguinte.

O tempo passou e sempre com todas as restrições que se devem ter nestas situações, mas com a dormência nas pernas e nos pés. Entretanto foi chamada a junta médica para justificar a baixa e nada tinha para apresentar, a não ser uma declaração que o médico de família passou, não sendo o suficiente para esta situação.

Quando voltou à consulta de especialidade, queixou-se do que sentia, mas o médico nem tão pouco lhe olhou para a cara, tendo sido até um tanto indelicado, não lhe efetuou qualquer teste de mobilidade, limitando-se a direcioná-la para médica fisiatra, sem mais observações às queixas que a doente fez, não tendo sido mais que cinco minutos a consulta. Neste momento está a fazer fisioterapia, mas nem mesmo a médica sabia o que lhe devia pedir, porque nada havia no processo. Foi solicitado um relatório do que realmente tinha sido feito na cirurgia e qual a previsão da recuperação da doente para apresentar em junta médica que chegou passado uns dias. Qual o espanto, quando ao abrir a carta que lhe chegou às mãos, apenas continha, única e exclusivamente, uma fotocópia da nota da alta hospitalar, sem data e assinatura atualizadas.
Qualquer semelhança com a realidade, é pura verdade.

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