Há quem lhe chame “a minha cruz” ou os fardos da vida. Pode ter que ver com a situação profissional, uma relação afectiva ou com a forma de estar no mundo. É como engordar e ficar disforme por dentro, até ao dia em que se decide ficar leve de novo. Esse dia é hoje.
Por Edite Espadinha
A beleza, diz-se, vem de dentro. Apesar de conhecermos esta verdade, tantas vezes repetida ao ponto de perder o significado, sabemos, porque sentimos, que a sensação de bem-estar, a alegria, a leveza são muitas vezes a causa de nos sentirmos mais belos. E, se para o exterior traçamos metas, praticamos exercício, procuramos uma dieta saudável, então é justo pensar e decidir que a beleza interior é merecedora de tantos ou mais cuidados. Enquanto pensa em perder uns quilos por fora, porque não decidir também perdê-los por dentro e recuperar o bem-estar, o equilíbrio e a alegria de viver? Não será a beleza um sinónimo também de felicidade? Não será a elegância também fruto da leveza com que caminhamos?
Perder peso por dentro é eliminar, largar ou cortar com o que está a mais. É tal e qual como perder peso por fora. É escolher entre o que nos faz bem e nos torna mais leves ou o que nos pesa como um fardo. Perder peso, seja interior ou exterior, é uma resolução que visa recuperar a saúde, o bem-estar e a estima que temos por nós.
Enquanto não nos desfazemos da culpa, mantendo-a latente ou até alimentando-a, aceitamos carregar todos os dias uma série de pesos: fúria, revolta, ressentimento. “Quanto mais me identifico com essas coisas, mais elas me pertencem e me defino em relação a elas”, explica Tsering. “É completamente perverso mantermo--nos agarrados ao sofrimento.”Depois, há o medo. Medo de sair de uma relação insatisfatória, medo de largar um emprego que corrói a auto-estima, medo de mudar. “Superar o medo é muito difícil, assim como a culpa. Acho que tem que ver com a forma como vemos e estamos no mundo. Se vir o mundo como um lugar ameaçador, onde acontece sempre o pior, onde ao mais pequeno deslize vou ser trucidada, então sinto-me sempre sem saída”, observa Tsering. Mas se começarmos a ver o mundo de uma maneira muito mais leve, se entendermos que as coisas são impermanentes, que tudo é relativo e nada é eterno, compreendemos que de facto existe espaço e oportunidade para uma mudança positiva.
Para emagrecer por dentro, primeiro, é preciso pesar o coração. É preciso olhar para a forma como se caminha – se se arrasta, vergada sob o peso da vida, ou se flui, como se cada passo fosse espontâneo e natural. É preciso notar quantas vezes repete “estou farta”, “estou cheia”, “é de mais”. E se é assim, então tudo isso é excesso de peso.
Este texto que achei muito interessante a todos os níveis, até porque andamos em maré de emagrecimento, foi retirado da revista Máxima. Tem habitualmente uma secção que se designa por "corpo e alma" onde encontramos assuntos de variados temas, muito relacionados com as nossas vivências.
Espero que vos agrade e vos faça reflectir, nalguns pontos que provavelmente nunca nos vieram à ideia.
Beijocas continuação de uma boa semana.
7 comentários:
Está bem giro e é verdade- se não nos sentirmos bem por dentro isso vai reflectir-se no nosso exterior. Quantas vezes - e não é pelo peso a mais- que ao olhar ao espelho nos sentimos horríveis!! Se estamos mal dispostas ou tristes nota-se logo- a maneira de vestir, a forma como caminhamos, como nos sentimos, como respondemos ou como ficamos caladas! Se estivermos felizes ou nos sentirmos as maiores até arece que somos muito giras! Por fora!
Daí ser bom ter pensamento positivo para podermos olhar ao espelho e termos forças e nos acharmos bem: por dentro e por fora.
Chato chato é vermos uma imagem distorcida ou disforme no espelho!! Mas também há espelhos que são uma boa porcaria- ou então pode ser quie esteja a precisar de mudar de lentes!
É verdade sim! Bonito por dentro vê-se por fora.
Temos de gostar de nós senão quem é que vai gostar!
Boa semana
Beijinhos
É verdade sim! Bonito por dentro vê-se por fora.
Temos de gostar de nós senão quem é que vai gostar!
Boa semana
Beijinhos
Olá Cinda!
Vivemos tão perto e ainda não nos encontrámos!...
Eu tenho ido todas as manhãs até ao Furadouro, pois tenho a minha neta a passar uns dias comigo. O meu poiso é na esplanada do Maganinho, porque assim fico perto dela, uma vez que não posso apanhar sol por causa do meu bracito, que como o teu se porta mal.
Um destes dias vamos encontrar-nos, tenho a certeza!...
Beijinhos
Isabel Alegria
Excelente texto! Estou aí.
Posso recomendar um livro? Chama-se "Apesar do medo" de Susan Jeffers.
Vou-te enviar um CD sobre emagrecimento. Depois envia-me a tua morada por mail.
Cindinha, tens um recado no meu blog...
Beijinhos à Margarida
Gostei imenso do texto e tiveste uma rica ideia em compartilhá-lo comnosco.
Tenho andado um pouco afastada pq o meu neto está imparavél.
Qd chego à noite pouca disposição tenho para comentar.
Beijos para ti e Margarida.
Carmen.
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