Desabafos de revolta

Hoje grande parte do País acordou num estado, quase catastrófico. As primeiras chuvas de Outono fizeram-se sentir com demasiada intensidade. Muitas foram as localidades, que mais pareciam autênticos rios, com as suas ruas e casas completamente inundadas.
Ovar também não escapou. Os locais mais baixos da cidade ficaram repletos de água. Com o cair da folha, por mais que se limpe as ruas, todos os dias ficam repletas de folhas caducas, que acabam por entupir as sarjetas. Na praia do Furadouro, garagens ficaram completamente cheias de água e os carros submersos. As casas com menos condições, ficaram em situação que nunca pensei ser possível.
Como cidadã integrada na sociedade, fui ver como algumas famílias vivem e vão continuar a viver, após esta avalanche de chuva inesperada. Fiquei com o meu coração apertadinho, como em pleno século XXI, ainda se pode viver em condições indignas de um ser humano, num País da CEE.
Não encontro palavras para descrever o que vi, mas gostava de deixar aqui um apelo a quem de direito, para olhar mais ao seu redor e menos para o seu umbigo.
Se me for possibilitado, não vou deixar que estas condições se prolonguem, nem que para isso tenha que gritar bem alto, e dizer que estou contra.