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Praça da República |
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Chafariz do Neptuno |
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Ponte sobre o rio Caster |
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Rua Elias Garcia |
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Avenida Central no Furadouro |
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Palheiros na praia do Furadouro |
A primeira República distinguiu 14 vilas e cidades pelo “heroísmo, civismo e amor que manifestaram em sustentar a integridade das instituições republicanas“, quando estas “correram o perigo de ser subvertidas“.
Alcobaça, Aveiro, Bragança, Caldas da Rainha, Chaves, Coimbra, Covilhã, Elvas, Évora, Lisboa, Mirandela, Ovar, Porto e Santarém (hoje, todas com o estatuto de cidade) são as localidades que, entre 1919 e 1930, foram agraciadas, por aqueles motivos, como sublinham os decretos, para o efeito, então publicados.
A distinção, traduzida na atribuição da Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, nos seus diferentes graus, fez com que o galardão passasse a figurar como insígnia destes concelhos, que também possuem o respectivo colar, que exibem apenas nalgumas cerimónias oficiais.O "heroísmo, civismo e amor" manifestados "em sustentar as instituições republicanas, quando estas correram o perigo de ser subvertidas pela acção proeminente que os monárquicos tinham dentro da República", explicavam a deliberação. Em 03 de Junho de 1920, um novo diploma, assinado por António José de Almeida, reforçava o reconhecimento, por "intermédio do grau mais superior da mais alta condecoração nacional" (Grã-Cruz da Ordem de Torre e Espada), do papel de Lisboa na defesa da República.
Ovar estranhava, entretanto, o facto da sua "parte bem saliente na defesa da República" ter sido "esquecida ou ignorada", mas em 25 de Junho de 1919 era feita justiça à vila vareira, ao ser agraciada com o grau de Cavaleiro da Ordem de Torre e Espada. Só uma década mais tarde, a defesa da República, então já a viver sob ditadura, voltava a ser condecorada, sendo Elvas e Covilhã os últimos municípios a serem condecorados, em Fevereiro e em Outubro de 1930. Além de Amarante e Angra do Heroísmo, distinguidos por outros motivos, estes 14 municípios são os únicos do país galardoados com esta insígnia e com o direito, que mantém, de a usar nos respectivos brasões e bandeiras.
Este é apenas um pequeno de muitos relatos existentes sobre Ovar e a força que esta pequena terra teve quando da implantação da República. Longe de poder contribuir para o dia de hoje com algumas das fotos da época, deixo-vos um olhar por Ovar há 100 anos trás e que tenho o privilégio de ter a decorar as paredes do meu corredor.
1 comentário:
Que giro!! E eu que estive aí há pouco dá bem para ver as diferenças.
Quer dizer...1 século é muito tempo para muitas coisas....mas nem todas melhores.
Bjs e bom resto de semana.
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